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Processo seletivo é como um jogo de xadrez

Mariana tavares 0

Se você já jogou xadrez, sabe que cada movimento é calculado. Nada acontece por acaso. 

Cada peça, seja ela uma torre, um cavalo, ou um simples peão, tem um papel fundamental para a estratégia final. E o mais interessante do jogo é que um erro pequeno pode mudar completamente o rumo da partida. 

Agora, pense no processo seletivo da mesma forma: cada decisão que você toma – seja na escolha da vaga, na forma de avaliar ou até no jeito de conduzir a entrevista – pode ser a chave para o sucesso ou para a derrota. 

O recrutamento é um jogo de estratégia, e cada movimento tem impacto direto no resultado.

Neste artigo, vamos explorar como o processo seletivo pode ser comparado com uma partida de xadrez e o que os recrutadores podem aprender com essa analogia.

Tabuleiro: O jogo começa aqui

No xadrez, tudo começa no tabuleiro. Cada peça começa em uma posição pré-determinada, e a jogada inicial é crucial para o desenrolar do jogo. No processo seletivo, o tabuleiro é o seu recrutamento inicial: a criação da vaga e a definição do perfil do candidato. 

Sem essa base, o jogo se perde antes de começar.

Antes de mais nada, o recrutador precisa definir com clareza o que a empresa espera do novo colaborador, tanto em termos de habilidades técnicas quanto comportamentais. Isso significa entender o que o cargo exige e onde o candidato se encaixará na cultura organizacional. A partir daí, as jogadas de recrutamento (campanhas de anúncios de vaga, escolha das plataformas de recrutamento) são estabelecidas.

Se uma vaga de gerente de TI for publicada apenas em sites de vagas de entry-level, a empresa estará jogando as primeiras peças mal posicionadas. O recrutador, assim como um bom jogador de xadrez, deve avaliar bem o tabuleiro e a posição inicial.

As peças: Cada candidato tem seu valor e potencial

No xadrez, cada peça tem uma função específica. 

O peão pode parecer insignificante, mas é capaz de se transformar em uma poderosa rainha se bem posicionado. O cavalo pode saltar sobre as outras peças e alcançar lugares inesperados, e a torre tem uma linha de ataque imbatível. O recrutador, assim, precisa enxergar o valor de cada candidato, pois, assim como no xadrez, o que pode parecer “comum” pode, no final, ser a peça-chave para o sucesso do time.

Os recrutadores precisam ser capazes de identificar o potencial de cada candidato, além do que está explicitamente descrito em seu currículo. Isso significa olhar para soft skills, capacidades de aprendizado e se aquele candidato tem o potencial de “se transformar” na peça que a empresa mais precisa, mesmo que no início ele pareça ser apenas um “peão”.

Em 2018, uma pesquisa realizada pela Glassdoor revelou que 60% dos recrutadores acreditam que as habilidades interpessoais são tão ou mais importantes do que as habilidades técnicas para garantir o sucesso no cargo. 

Isso é um reflexo de como a visão estratégica sobre as “peças” do time pode ser um diferencial decisivo, tal como um peão que se torna uma rainha.

Movimentos e estratégias: O planejamento de cada jogada

Cada movimento no xadrez é pensado com antecedência, e a melhor jogada é aquela que não só garante a vitória imediata, mas também posiciona o jogador para os movimentos seguintes. No recrutamento, isso se traduz na importância de se planejar e ter uma visão de longo prazo para a contratação. 

Um recrutador não deve apenas se preocupar com o preenchimento imediato de uma vaga, mas também com a evolução do candidato dentro da organização, com sua integração e com a contribuição para os objetivos a longo prazo da empresa.

O recrutador deve se antecipar, criando uma experiência de candidate experience que seja imersiva e informativa desde o primeiro contato até a contratação. A análise de competências, a adequação cultural e a dinâmica do time são apenas o começo. O processo seletivo é uma série de jogadas interligadas, como uma cadeia de movimentos no tabuleiro de xadrez.

A entrevista inicial é como um movimento de peão: um simples avanço, mas cheio de potencial. O teste prático é como o cavalo, oferecendo uma visão nova e diferente sobre o candidato. 

Já a decisão final de contratação é como o xeque-mate, onde tudo se alinha e a jogada se fecha.

Xeque-Mate: O momento da contratação

Assim como no xadrez, o objetivo final do processo seletivo é o xeque-mate: garantir que a vaga será preenchida com o candidato certo. A jogada final – a proposta de contratação – deve ser feita de maneira precisa, sem hesitação, mas com cuidado, garantindo que todas as condições sejam benéficas tanto para a empresa quanto para o candidato.

Aqui, o recrutador precisa garantir que a oferta de trabalho seja clara e atraente, deixando o candidato confortável e convencido de que ele encontrou a jogada certa para a sua carreira. 

A proposta de valor deve ser convincente e alinhada com as expectativas de ambos os lados.

Jogada estratégica

Assim como no xadrez, um processo seletivo de sucesso não é resultado de sorte. Ele é o produto de decisões bem pensadas, estratégias cuidadosas e jogadas inteligentes. 

Cada movimento – desde o planejamento da vaga até a finalização da contratação – deve ser uma jogada estratégica que se alinha aos objetivos da empresa e ao futuro da organização. Como recrutador, você precisa enxergar o jogo a longo prazo, sempre pronto para adaptar sua estratégia e fazer o melhor movimento.

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