O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é um recurso que permite motivar e estimular os colaboradores a cumprir as metas do negócio para evoluir dentro da organização.
Manter os colaboradores motivados é um desafio que faz parte do dia a dia das organizações no mundo inteiro. Profissionais incentivados são muito mais produtivos e colaboram com os resultados da empresa, porém, frequentemente vemos funcionários cansados, que se limitam a cumprir as suas obrigações básicas e não se interessam pelo crescimento do negócio.
Para reverter essa situação existe uma ferramenta que mantêm os colaboradores motivados e comprometidos com o sucesso do lugar onde trabalham. Isso é possível porque quando o negócio cresce, eles também se beneficiam com esse crescimento.
O nome desse recurso é Plano de Desenvolvimento Individual. Quer conhecer mais sobre essa ferramenta? Então fique conosco neste post!
Sumário
O que é PDI?
O Plano de Desenvolvimento Individual, também conhecido como PDI, é um roteiro que orientará o crescimento de um colaborador dentro de uma empresa. Os planos devem ser elaborados com a colaboração dos gestores e do funcionário. Dessa forma é possível alinhar as aspirações profissionais dos colaboradores com as necessidades do negócio.
O objetivo de um PDI é motivar o colaborador a cumprir com as metas da organização, aprimorando seus conhecimentos e habilidades e conquistando resultados, para dessa forma, alcançar o desenvolvimento da sua carreira dentro da empresa.
O Plano de Desenvolvimento Individual não visa exclusivamente a evolução profissional do colaborador, mas também o seu progresso pessoal. Tudo isso alinhado com as necessidades do negócio, oferece vantagens para ambos lados.
Quais as vantagens do PDI?
A primeira vantagem do PDI consiste na visão clara que se passa a ter de qual será o caminho percorrido pelo colaborador.
Outra vantagem, também muito importante, está no engajamento. Com um plano de desenvolvimento individual bem traçado, a motivação do colaborador sem dúvida receberá um combustível a mais, pois quando não há perspectiva de crescimento (horizontal ou vertical), a tendência é que a entrega seja menor.
E por falar nisso, uma terceira vantagem do PDI é a diminuição do turnover, que tende a diminuir por conta das perspectivas de futuro, conforme vantagem anterior. Clique aqui para baixar nosso e-book Guia do Turnover e entender melhor quais são os impactos desse indicador.
Qual o objetivo do PDI?
O Plano de Desenvolvimento Individual é uma ferramenta muito útil para o RH, já que com ele não só é possível estimular o colaborador, mas também monitorá-lo.
Quando o PDI é utilizado pelo RH é possível identificar os pontos fortes e fracos de cada um dos colaboradores, dessa forma é mais fácil criar metas que desafiem as suas dificuldades e os ajude a superá-las.
Utilizando corretamente o PDI, os melhores talentos do negócio podem ser identificados e estimulados constantemente para alcançar as metas propostas. Assim, os colaboradores que a sua empresa tem hoje podem se transformar em profissionais de alta performance.
Como fazer um PDI?
Para elaborar um PDI eficiente é necessário seguir algumas etapas básicas que permitirão o sucesso desse recurso.
1. Entenda o momento de vida do colaborador
É importante que o gestor que esteja conduzindo o plano de desenvolvimento individual do colaborador entenda o momento de vida dele.
Isso significa que, dependendo do contexto em que o colaborador estiver inserido, o PDI vai caminhar para uma direção específica e diferente do que estaria proposto se ele estivesse em outro contexto.
O colaborador é casado? Tem filhos? Pretende adquirir um imóvel próprio ou sonha em viajar pelo mundo? Ele pretende ser promovido ou está cursando uma faculdade em uma área completamente diferente?
Todas essas informações devem ser levadas em conta, já que não é possível dissociar a vida profissional da vida pessoal do colaborador.
2. Saiba da importância de metas e prazos
Um PDI não pode existir sem que haja metas e prazos para cada uma das etapas definidas.
Alguns estudiosos de gestão e liderança dizem que uma meta é um sonho com data para acontecer, e é importante ter em mente que um plano de desenvolvimento individual sem data não passa de uma informalidade.
3. Ferramentas que vão te ajudar a fazer um PDI
Para apoiar o cumprimento das metas e prazos do PDI, é importante que se utilizem ferramentas específicas.
Conheça 4 ferramentas que podem te ajudar com isso:
- Mapeamento de competências
- 5W2H
- Avaliação de desempenho
- Software de gestão de RH
Recomendamos que pesquise qual a melhor delas, ou se é possível utilizar mais de uma simultaneamente. Entretanto, nós vamos falar sobre uma delas, que é a 5W2H.
Continue a leitura!
5W2H
5W2H é uma matriz que se encaixa muito bem em diversos segmentos da gestão, como gestão de projetos, gestão orçamentária e planejamento estratégico. Na gestão de pessoas, o 5W2H também pode dar um bom apoio.
A sigla 5W2H se refere a cinco perguntas que começam com a letra W e 2 que começam com a letra H (todas em inglês), a saber:
- What: o que precisa ser feito?
- Why: por qual motivo isso precisa ser feito?
- Where: onde isso deve ser feito?
- When: quando precisa ser feito?
- Who: quem vai fazer?
- How: como será feito?
- How much: quanto vai custar?
Note que o 5W2H, que a priori pode parecer um bicho de sete cabeças, dá uma ideia clara e bem estruturada de como implementar um plano de ação.
Quando você tiver respondido a todas as perguntas elencadas acima, as coisas ficarão muito mais fácis.
4. Definir os objetivos
O primeiro passo para fazer um PDI de sucesso é determinar corretamente os objetivos. Para isso deve se ter conhecimento tanto das necessidades do negócio quanto do colaborador. Alinhar essas duas informações fará que o Plano de Desenvolvimento Individual funcione.
Um ponto de partida pode ser uma reunião entre os gestores e os colaboradores de cada uma das equipes para apresentar os objetivos da empresa e alinhá-los com as expectativas dos profissionais.
Os objetivos podem ser definidos a curto, médio ou longo prazo, dependendo das prioridades da organização, para isso se recomenda uma duração de 3 meses a 1 ano.
5. Fazer uma análise detalhada
Uma vez que os objetivos estão definidos, chegou a hora de analisar a cada um dos colaboradores de cada equipe para determinar em que momento estão em relação às metas definidas.
É importante conhecer os seus pontos fracos e fortes, assim, cada um deles pode otimizar seus acertos e trabalhar nas suas dificuldades. Entendendo melhor os membros da equipe, será mais fácil direcioná-los e lhes dar as ferramentas necessárias para que possam alcançar o objetivo.
Os colaboradores devem estar cientes do desafio e tem que saber que ter pontos para superar não quer dizer que estão sendo classificados negativamente, mas sim, que a melhora nesses aspectos será aquilo que os levará a alcançar a meta.
6. Realizar o direcionamento
Chegou o momento de trabalhar! Nessa etapa é importante que o gestor oriente cada membro da sua equipe para que saiba o que deverá fazer para alcançar as suas metas pessoais.
Podem ser oferecidos treinamentos, cursos (presenciais ou online), filmes, leituras, etc., sempre com foco no desenvolvimento do funcionário.
As metas colocadas devem ser claras e ter um prazo definido. Como já foi mencionado, o ideal é que seja entre 3 meses e 1 ano. Além das metas, é possível colocar pequenos desafios para incentivar a equipe, assim, poderão ser desenvolvidas habilidades como estabilidade sob pressão e adaptação. É importante não exagerar com esse tipo de práticas, já que o excesso, no lugar de motivar pode causar o efeito contrário e sobrecarregar os parceiros de trabalho.
7. Fazer o acompanhamento
Para fazer o acompanhamento, o ideal é contar com uma ferramenta que colabore com essa tarefa. Assim, o processo se torna mais objetivo, visto que, será estatisticamente calculado.
Durante o acompanhamento dos colaboradores é importante dar o feedback constantemente. Dessa forma, a motivação da equipe se mantém ativa e cada um deles está ciente do seu desenvolvimento, sabendo quão perto estão dos seus objetivos.
A melhor forma de dar feedback é utilizando o método sanduíche. Se ainda não conhece essa prática, pode lhe ajudar a conseguir um efeito construtivo. A prática consiste em começar com um ponto positivo do colaborador, seguir com um tópico que precisa ser melhorado e concluir reforçando a caraterística positiva.
Estipular datas para fazer esse acompanhamento faz parte da implantação do PDI.
Como evitar erros importantes no PDI Plano de Desenvolvimento Individual?
Pequenos erros no processo podem acabar com a eficácia do Plano de Desenvolvimento Individual, portanto, fique atento a eles. Veja a seguir alguns exemplos:
- definir metas impossíveis de alcançar;
- não dar feedback ao colaborador;
- deixar de cumprir as datas estipuladas;
- não utilizar ferramentas para o acompanhamento;
- focar nas metas e deixar de lado a carreira do funcionário.
O PDI é um importante recurso que beneficia tanto o profissional que quer evoluir na empresa quanto o negócio, dado que a motivação e produtividade do colaborador melhora quando enxerga uma vantagem pessoal ou na sua carreira.
Não pular nenhum dos passos para a criação do Plano de Desenvolvimento Individual é fundamental para seu sucesso, portanto, siga com atenção e garanta seus objetivos.
Exemplos de PDI
Conheça mais sobre exemplos de PDI assistindo ao vídeo completo da 9box. Ele vai te ajudar a entender como fazer um PDI com exemplos práticos!
Todo dia surgem novas ferramentas que prometem otimizar os mais diversos processos de uma organização, como exemplo, o PDI. Quer aprender mais? Leia esse conteúdo sobre Gestão de mudanças e aprenda a facilitar momentos como esses, fazendo as etapas de transição mais eficazes e precisas.
Gostou do artigo? Já vivenciou a experiência do PDI? Deixe seu comentário, queremos conhecer sua opinião!
Matheus Gomes – CPO e Co-fundador
Davi Valukas – Analista de canais